terça-feira, 24 de junho de 2008

O Brasil sem Marta e Cristiane

Elisa em treino no CEPE: promessa de criatividade
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Com qualquer técnico, uma seleção brasileira com Marta e Cristiane na frente terá sucesso. As duas são letais, seja em contra-ataque ou em jogo trabalhado. Dão muitas opções táticas e, mesmo num time desorganizado, podem fazer a diferença. Até aí, nenhuma novidade.


Quando não estão, além de sentir a falta das definidoras - pois ambas são contundentes - o Brasil sente a falta de criatividade como um todo. Jorge Barcellos não vem convocando meias, exceto Maurine, que não inspira a menor confiança. Nada pessoal contra a jogadora do Santos, mas ela está longe de carregar um time de futebol ofensivamente.


Uma opção (que por problemas de lesão de companheiras) não pôde ser mais testada, é Rosana como meia. Jogando assim no Neulengbach, da Áustria, está muito acostumada e tem talento para desempenhar esse papel. Daniela Alves, a meia titular no 3-4-1-2 de Barcellos, tem características muito peculiares. Sozinha, não dá conta. Com Marta e Cris, ela cresce. Com Formiga vindo de trás mais ainda.


Qual a alternativa então? Renovar. Ele tem que buscar meias, mesmo muito jovens, que possam ganhar rodagem e crescer a produção ofensiva brasileira. Da Sub-20, talvez a Adriane pudesse ser aproveitada, já que Barcellos convoca muitas jogadoras dessa categoria (Érika, Bárbara, Fran...).

Não é uma questão fácil de ser resolvida. A boa notícia é que a Seleção Sub-17 possui grandes jogadoras criativas. Grandes em tamanho e futebol. As canhotas Beatriz e Elisa Brito, nossas habituais do blog, são opções maravilhosas para daqui a alguns anos. Vamos acompanhá-las atentamente.
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Na Peace Cup, a seleção produziu um futebol quadrado e sem brilho. É preciso preparar a equipe sem as estrelas. Aí é que vamos ver o trabalho de um técnico. Numa lesão ou falta de sorte, podemos ser pegos desprevenidos.

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