quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Torneios de base em 2008

Seleção sub-17: nova geração garimpada por Marcos Gaspar

É de conhecimento até do mundo mineral que ano que vem teremos os Jogos Olímpicos, quando as meninas brasileiras receberão - mais uma vez - um bom destaque na mídia. Será, também, o ano do primeiro calendário completo de base no futebol feminino. Os Mundias sub-17 e sub-20 acontecerão no 2º semestre.

Copa do Mundo sub-20/ Chile (16 seleções):

Período: entre 19 de novembro e 07 de dezembro.

Já classificados: Coréia do Norte, Japão e China (Ásia); Alemanha, França, Inglaterra e Noruega (Europa); Chile (sede).

Sul-americano: 17 de fevereiro/02 de março (no Brasil, a confirmar).


Copa do Mundo sub-17/ Nova Zelândia (16 seleções):


Período: entre 28 de outubro e 16 de novembro.

Já classificados: Nova Zelândia (sede).

Sul-americano: entre 12 e 30 de janeiro, no Chile (1ª fase - Quilín e Melipilla; fase final - Villarrica)


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Birgit? Faça-me rir!

Leva jeito pra coisa, não?

Juca Kfouri publicou em seu blog (link ao lado) texto de Roberto Vieira (sob a alcunha de Hans Fisher) que defende a eleição de Birgit Prinz como melhor do mundo. Argumenta que seria mais "objetiva" e sem as descartáveis "acrobacias", que iludiriam os jurados.


Não se trata de "patriotada" o que escrevo a seguir:


Não há qualquer fundamento para sustentar Prinz como melhor do mundo, ou, então, que elejamos Inzaghi como o melhor no masculino. Se é por "objetividade", "bola na rede", o oportunista italiano fez 4 gols em duas finais pelo Milan (Liga dos Campeões e Mundial de Clubes). Além disso, Inzaghi e Prinz possuem semelhanças no trato com a bola. Geralmente, de canela...

Falando em "objetividade": Quem foi a artilheira do Mundial da China? Marta. Quem fez mais gols por uma seleção nacional em 2007? Marta. Quem tem média de mais de um por jogo em 2007? Marta. Quem é artilheira ou briga pela artilharia do Campeonato Sueco todo ano? Marta. A alemã fez um discreto Mundial e seu time foi eliminado cedo da UEFA Cup. Marta foi finalista nos dois torneios.

Mesmo sendo "pouco importante" para os "militantes da eficiência": Quem foi aplaudida de pé várias vezes na Ásia? Marta. Quem reiventou, elevou o nível, trouxe novo parâmetro para a modalidade, de acordo com a comunidade internacional do futebol? Marta. Quem levou 70 mil no Maracanã numa quinta-feira ao meio-dia? Marta. Isso que estamos em um país onde há muito preconceito e todas as mazelas que cansamos de comentar neste blog.

Em qualquer rincão do mundo não há dúvidas de quem é a melhor da história, quanto mais do ano. O futebol feminino se conta antes e depois da alagoana. Com 21 anos (Prinz WHO, com essa idade?), caminha pra mitificar-se.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Magic" Marta pela segunda vez...

Sorria, você está sendo premiada!


Surpresa? Nenhuma. Marta levou o título de melhor do mundo com total justiça, novamente. A sequência foi a mesma do Mundial e que colocamos aqui no blog. Cristiane estreou no FIFA Gala como Marta em 2004: 3º lugar. Prinz, o Luca Toni de saias, faturou o troféu prateado.




Messi - um dos concorrentes no masculino - deu uma declaração na coletiva de que não acompanha e não gosta de futebol feminino. Absolutamente normal; de acordo com a média da população latino-americana. Só dois comentários meus: 1º) Messi não precisava manisfestar publicamente, em razão das dificuldades atávicas no desenvolvimento do futebol feminino. 2º) A escolha de "La Pulga" como o segundo melhor do mundo não tem base na realidade. Cristiano Ronaldo merecia o vice e foi injustiçado. Quem sabe o sensacional vice-campeonato da Copa América 2007 tenha pesado...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Diminuir o gol? Bola mais leve?

Marta deve concordar: não é fácil ouvir certas coisas

Estamos em um país de uma cultura esportiva paupérrima. Pouco entendemos de futebol, a paixão nacional, onde todos deveríamos ser (supostamente) PHDs. A verdade nua e crua é que mais torcemos do que qualquer outra coisa. Imaginem, então, com outros esportes. Nossa imprensa esportiva reflete essa situação. O péssimo nível é uma marca que se acentua.

Todas as vezes que acontece uma competição de futebol feminino com razoável cobertura midiática, nossos prezados comentaristas dão seus pitacos sobre a modalidade. A base histórica, o conhecimento do que se passa, é - salvo dois ou três (com generosidade!) - nenhuma. Ao ver uma falha de goleira ou um lance mais estranho voltam com o discurso da necessidade de mudanças nas regras. A bola é pesada, o campo enorme, a trave que precisa diminuir, o tempo é excessivo. Enfim, elencam uma série de problemas e sugestões que poderiam ajudar no desenvolvimento.

Interpreto como um "voluntarismo" pouco útil. Qualquer tipo de mudança brusca seria um equívoco. O feminino precisa de dinheiro, mais e maiores competições com visibilidade. A única consequência de uma mexida abrupta nas coisas seria legimitimar a limitação das meninas e, sobretudo, sepultar a tentativa de levá-lo aos rincões mais pobres do planeta. O futebol masculino deve ser a referência para a evolução técnica, tática e física das mulheres. Isso já acontece. As goleiras, por exemplo, melhoraram bastante desde 91, no 1º Mundial da China.


Diferenças no padrão estético estão no voleibol, basquetebol, tênis. Conviver com elas seria tão difícil? Isso cheira ao mais absurdo arrivismo que existe no futebol e em seus "analistas". Gostar ou não de futebol feminino é uma opção. Entretanto, mudanças desse tipo são inviáveis, ineficazes e só iam dificultar o que já é muito complicado. A tábua de salvação para o futebol das mulheres ficar melhor é, justamente, ter o masculino como paradigma, como motor, embora reitere: elas têm seu próprio jogo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Thais na Sub-17

A garota tem estilo

E não é que a jovem Thais Duarte foi convocada para a seleção sub-17? Com apenas 14 anos (20/01/1993), é umas das (boas) apostas do técnico Marcos Gaspar para compor o grupo. A princípio, figura entre as 28 escolhidas. Teremos alguns cortes, ainda. A convocação visa o Sul-americano de janeiro, no Chile.

Conheci Thais pela TV, no programa "Hstórias do Esporte", da ESPN Brasil. Em post recente, fiz a observação de que acompanharia mais de perto o prodígio. Com o chamado, as coisas podem ser facilitadas. Os elogios são muitos, de todos os lados. Que a menina saiba levar toda a pressão para o bom caminho. Talento parece não faltar