segunda-feira, 24 de maio de 2010

Análise Tática da sub-17 (I)

4-2-3-1: o time base do Sulamericano



4-2-3-1 ofensivo: opção para ter mais agressividade

O Brasil venceu bem o Sulamericano Sub-17, com um time entrosado e experiente. As perspectivas para o Mundial de Trinidad e Tobago são boas. Para tanto, como na sub-20, faço uma breve análise tática sobre o que vi e o que podemos ver em terras centroamericanas.

Campinho 1 - Foi o time base de São Paulo. As três meias que vem de trás trabalham na articulação das jogadas, com a presença constante das laterais, especialmente Jucinara. Paula faz um bom pivô e costuma empurrar a bola para as redes. Beatriz, também, chega sempre para finalizar. Linha de 4 tradicional atrás, duas volantes que protegem bem a defesa e não sobem tanto. É o esquema mais usado no mundo hoje, vide Inter de Milão. 

Campinho 2 - Não mudaria taticamente, mas sim a característica das atletas. Pela versatilidade de Andressa, poderia fazer a função mais recuada no lugar de Bianca, oferecer melhor saída de bola e ganhar em agressividade com a habilidosa Gláucia pelo lado direito. Alternativa para furar retrancas e bloqueios, que certamente teremos de enfrentar no Mundial.


PS: Todos os campinhos táticos desse blog tem a arte de ANDRÉ ROCHA, do Blog OLHO TÁTICO, com link ao lado. O OLHO TÁTICO é vinculado ao portal GLOBOESPORTE.COM.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Saíram os grupos do Mundial Sub-17

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Para quem "reclama" que só se fala em Sub-20 nesse blog, tivemos nessa semana o sorteio dos grupos do Mundial Sub-17, em Trinidad e Tobago. Mesmo que não tenhamos a ordem dos classificados na Europa e o 3° da África, a FIFA manteve a data do sorteio e apresentou as chaves. O auxiliar técnico Michel Silva esteve presente. Como fiz no Sub-20, farei agora no Sub-17, com a análise dos adversários do Grupo D:

Gana - Seleção africana vice-campeã continental. Se apresentar o nível das últimas competições FIFA, não causará tantos problemas ao Brasil. Não precisa-se repetir, também, os clichês que todos sabem (mas repetiremos!): força física, dificuldade no aspecto tático, e irregularidade na parte técnica. Podem cometer um erro grotesco ou fazer uma jogada fantástica. É só Brasil manter o padrão, uma característica do time de Edvaldo, que deverá sair com a vitória.

Canadá - A maior zebra que já vi no futebol feminino. O Canadá foi massacrado pelos EUA na seletiva da CONCACAF e, mesmo assim, saiu com a classificação nas penalidades (após 0 a 0 no tempo normal e prorrogação). Tem força, velocidade, um padrão tático razoável, mas falta talento. Com o bom manejo de bola que tem essa seleção brasileira, podem envolver o time vermelho e branco.

UEFA 2 - O vice-campeão da da seletiva da UEFA caiu no grupo brasileiro. Creio que deverá ser Holanda ou Espanha. Fica difícil fazer uma análise mais precisa, porém a semelhança entre elas é a boa qualidade técnica. Nesse caso, o Brasil vai ter que se impor, para além do talento, na força de algumas atletas de frente como Beatriz e Paula. O jogo aéreo poderá ser uma arma, sobretudo se cair a Espanha.

Tão logo tenhamos essa definição, será objeto de post no blog.