quarta-feira, 14 de abril de 2010

Análise tática da sub-20 (1)

4-2-2-2: o time mais usado no Sulamericano

4-3-1-2: um time com mais criatividade e qualidade técnica

Como prometido, segue uma análise daquilo que vimos no Sulamericano sub-20 da Colômbia, no qual o Brasil sagrou-se campeão. Marcos Gaspar montou um bom time base, como vemos no primeiro campinho (com jogadoras em branco), muito sólido na defesa e rápido no ataque.

Vou fazer uma analogia com a equipe de Dunga, a seleção masculina principal. O time é excelente nas bola aéreas, nas jogadas pelo lado e nos contra-ataques, mas pode sofrer quando enfrentar uma defesa mais compacta e fechada, que dá a posse de bola para a seleção brasileira. Se na masculina, muitos pedem Ganso ou Ronaldinho para dar mais qualidade de criação, Gaspar já tem jogadoras criativas no grupo para dar mais manejo de bola.

No segundo campinho (jogadoras de amarelo), notamos uma mudança tática para o tradicional esquema popularizado por Zagallo (4-3-1-2), onde temos um losango, com o vértice defensivo (Bruna), duas volantes pelos lados (Camila e Ester) e o vértice ofensivo (Débora ou Elisa). São essas duas atletas mais criativas que podem auxiliar (e muito) Gaspar para melhorar a transição de bola e, sobretudo, dar um toque de improviso, abrir as defesas. Débora tem a velocidade e a habilidade. Elisa tem os chutes e as bolas longas.

Na posição de Camila, poderia usar Poliana em algum momento, como Dunga faz com Daniel Alves, o que daria mais dinâmica e jogadas agudas pelos flancos. Assim como Andressa poderia ser recuada para a posição de Ester, como uma volante de pé canhoto pelo lado esquerdo. As variações podem ser muitas. Voltaremos ao tema, com mais opções e os nossos tradicionais campinhos.







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