Na 2ª parte, o foco é a participação na Seleção Brasileira Sub-17, que conquistou a vaga no Mundial da Nova Zelândia. O torneio não foi fácil e muito menos a trajetória de Michelle para vestir a camisa amarela. Confiram:
FM - A categoria Sub-17 foi oficializada pela FIFA no feminino e você merecidamente convocada. Como foi a sensação de ver seu nome na lista do Marcos Gaspar?
Michelle - A ficha demorou a cair. Não pensava que meu nome estaria na lista da seleção. É uma sensação que não tem explicação. Imagine você numa seleção? Eu não vi no dia que saiu. Nem sabia. As meninas do time que me falaram.
FM - Teve alguma seletiva ou você foi convocada por estar numa vitrine como o CEPE?
Michelle - Como sabiam que criariam a Seleção Sub-17 no Rio, fizeram um campeonato até 17 anos e tive a sorte do Marcos morar aqui. Ele foi em quase todos os jogos e me viu jogando.
FM - Quais suas características de jogo como meia (posição em que foi chamada)?
Michelle - Acho que visão de jogo e bons lançamentos. Só que no CEPE sou atacante e na Sub-17 é que fui como meia ofensiva.
FM - Você participou de períodos de treinamentos na Granja Comary e finalmente chegou o Sul-Americano do Chile. O que você achou do país?
Michelle - Nunca tinha saído do Brasil. Foi uma coisa diferente. É mais limpo, só o ar que é seco e não chovia desde setembro do ano passado. Tínhamos dificuldade para respirar. Ainda bem que os jogos eram à noite. As pessoas nos receberam muito bem.
FM - Vocês faziam uma campanha perfeita até tropeçar no Paraguai. O que houve naquela partida?
Michelle - Bom, até hoje não sabemos muito bem. O estádio ficou sem energia por uma hora e meia e acho que isso nos desconcentrou um pouco. Elas aproveitaram a chance e marcaram os gols.
FM - Após a derrota, o adversário que decidia a vaga no Mundial era simplesmente a Argentina? Como o grupo reagiu naquele momento?
Michelle - Nós ficamos muito tristes, só que não tinha nada acabado, nem perdido. Fomos para o hotel e no outro dia conversamos todos juntos. Depois só as meninas: cada uma falou algo que pensava no momento. Ficamos muito tempo conversando, levantamos a cabeça e fomos para a final.
FM - A vaga veio e as amizades também. Meninas de todo o Brasil juntas pela primeira vez. Como foi o convívio nesse período?
Michelle - Era engraçado. Aliás, é engraçado até hoje. Sempre nos falamos. Uma tirava um sarro da outra; sotaques diferentes. Estávamos longe de casa e nos distraíamos assim. Era como se tivéssemos formado uma família. Foi muito bom.
FM - Durante o torneio, elogiei muito a Beatriz, camisa 10, aqui no blog. Até arrisquei previsões sobre seu futuro. Portanto, eu não resisto: fale um pouco dela, tanto dentro como fora de campo.
Michelle - A Bia tem apenas 14 anos e foi convocada com 13. Não preciso nem falar o número da camisa: é a "10". Foi vice-artilheira da competição. Também não foi a toa eleita a melhor do Sul-Americano. É uma pessoa maravilhosa, amiga, humilde...Pena que mora longe (Araraquara-SP).
FM - Qual a expectativa de ser convocada pro Mundial da Nova Zelândia?
Michelle - Estou jogando, estou em atividade esperando a convocação. Espero estar lá, mas vamos ver, seleções mudam. Mas estou na expectativa.
FM - Você teve uma lesão antes de se apresentar. Como isso afetou seu rendimento?
Michelle - Bom, foi uma fratura na clavícula direita. Eu só treinava a parte física no começo, até o médico me liberar. Já pensava que não seria titular por esses motivos de lesão, porque não poderia ter contato. Então fui me recuperando aos poucos.
FM - Quais seus ídolos no futebol? Tem alguém do feminino na lista?
Michelle - Claro. A Marta, o Cristiano Ronaldo, o Zidane...
FM - A categoria Sub-17 foi oficializada pela FIFA no feminino e você merecidamente convocada. Como foi a sensação de ver seu nome na lista do Marcos Gaspar?
Michelle - A ficha demorou a cair. Não pensava que meu nome estaria na lista da seleção. É uma sensação que não tem explicação. Imagine você numa seleção? Eu não vi no dia que saiu. Nem sabia. As meninas do time que me falaram.
FM - Teve alguma seletiva ou você foi convocada por estar numa vitrine como o CEPE?
Michelle - Como sabiam que criariam a Seleção Sub-17 no Rio, fizeram um campeonato até 17 anos e tive a sorte do Marcos morar aqui. Ele foi em quase todos os jogos e me viu jogando.
FM - Quais suas características de jogo como meia (posição em que foi chamada)?
Michelle - Acho que visão de jogo e bons lançamentos. Só que no CEPE sou atacante e na Sub-17 é que fui como meia ofensiva.
FM - Você participou de períodos de treinamentos na Granja Comary e finalmente chegou o Sul-Americano do Chile. O que você achou do país?
Michelle - Nunca tinha saído do Brasil. Foi uma coisa diferente. É mais limpo, só o ar que é seco e não chovia desde setembro do ano passado. Tínhamos dificuldade para respirar. Ainda bem que os jogos eram à noite. As pessoas nos receberam muito bem.
FM - Vocês faziam uma campanha perfeita até tropeçar no Paraguai. O que houve naquela partida?
Michelle - Bom, até hoje não sabemos muito bem. O estádio ficou sem energia por uma hora e meia e acho que isso nos desconcentrou um pouco. Elas aproveitaram a chance e marcaram os gols.
FM - Após a derrota, o adversário que decidia a vaga no Mundial era simplesmente a Argentina? Como o grupo reagiu naquele momento?
Michelle - Nós ficamos muito tristes, só que não tinha nada acabado, nem perdido. Fomos para o hotel e no outro dia conversamos todos juntos. Depois só as meninas: cada uma falou algo que pensava no momento. Ficamos muito tempo conversando, levantamos a cabeça e fomos para a final.
FM - A vaga veio e as amizades também. Meninas de todo o Brasil juntas pela primeira vez. Como foi o convívio nesse período?
Michelle - Era engraçado. Aliás, é engraçado até hoje. Sempre nos falamos. Uma tirava um sarro da outra; sotaques diferentes. Estávamos longe de casa e nos distraíamos assim. Era como se tivéssemos formado uma família. Foi muito bom.
FM - Durante o torneio, elogiei muito a Beatriz, camisa 10, aqui no blog. Até arrisquei previsões sobre seu futuro. Portanto, eu não resisto: fale um pouco dela, tanto dentro como fora de campo.
Michelle - A Bia tem apenas 14 anos e foi convocada com 13. Não preciso nem falar o número da camisa: é a "10". Foi vice-artilheira da competição. Também não foi a toa eleita a melhor do Sul-Americano. É uma pessoa maravilhosa, amiga, humilde...Pena que mora longe (Araraquara-SP).
FM - Qual a expectativa de ser convocada pro Mundial da Nova Zelândia?
Michelle - Estou jogando, estou em atividade esperando a convocação. Espero estar lá, mas vamos ver, seleções mudam. Mas estou na expectativa.
FM - Você teve uma lesão antes de se apresentar. Como isso afetou seu rendimento?
Michelle - Bom, foi uma fratura na clavícula direita. Eu só treinava a parte física no começo, até o médico me liberar. Já pensava que não seria titular por esses motivos de lesão, porque não poderia ter contato. Então fui me recuperando aos poucos.
FM - Quais seus ídolos no futebol? Tem alguém do feminino na lista?
Michelle - Claro. A Marta, o Cristiano Ronaldo, o Zidane...
4 comentários:
Ótima entrevista. A Michelinha é uma das maiores promessas desta nova geração do futebol feminino.
Parabéns pelo blog.
Sensacional, Mozart!! Com as entrevistas podemos conhecer um pouco mais as jogadoras :)
Seu blog está completíssimo, o melhor sobre futebol feminino!!!
Adorei !
Parabns michelle.
beijos
Parabens pela entrevista mozart!
www.blogdomassi.blogspot.com
Postar um comentário