Em 2008, o blog repercutiu muito as seleções brasileiras (principal e de base). Tanto a sub-17, quanto a sub-20 fizeram mundiais abaixo do potencial. Marta e cia trouxeram a prata olímpica. Por motivos diferentes, enfrentaram dificuldades bem rotineiras por aqui. Agora, muita coisa mudou. As comissões técnicas não são mais as mesmas, embora, de uma forma inteligente, a CBF deu sequência ao trabalhos.
Vejamos a "dança das cadeiras"
Jorge Barcellos saiu da principal para a liga americana (já a todo vapor). Kleiton Lima, que era da sub-20, assumiu a principal. Marcos Gaspar, que era da sub-17, assumiu a sub-20. E para o lugar de Gaspar? O requisitado vem de Santa Catarina, mais precisamente de Caçador. O técnico Edvaldo Erlacher, do Kindermann, foi o nome escolhido por Américo Faria.
As perspectivas
As comissões técnicas formadas, em princípio, tem muita qualidade e experiência no futebol feminino. As seleções de base terão, desta vez, um auxiliar técnico cada, o que não acontecia, até então.
Principal - Kleiton tem 12 anos de Santos FC e um trabalho digno na sub-20 brasileira. Sua primeira convocação aproveitou a base deixada por Barcellos, somando algumas jovens de sua confiança. Não pôde chamar todas as "estrangeiras" que gostaria, como Simone e Rosana. São experientes e estão no auge. Para as próximas ocasiões, não podem ser esquecidas. Os dois amistosos (Alemanha e Suécia) nos darão uma noção do que esperar nesse novo ciclo.
Sub-20 - Eis o grande desafio. A maioria absoluta das jogadoras que estiveram no Mundial Sub-20 de 2008 "estouram" a idade para 2010. Sobram, mais precisamente, três. Camila, volante do CEPE Caxias, Estergiane, zagueira do Juventude e Leah, a lateral acrobata. Se Gaspar convocar as três, terá que completar o grupo com jogadoras nascidas em 90, 91, 92.
Um outro fator complicador para ele - e maravilhoso para Edvaldo - é que as duas jogadoras mais talentosas de sua seleção (na opinião deste blogueiro) ainda são sub-17 e nascidas em 93. Thais, hoje no Santos, e Beatriz, da Ferroviára, devem continuar na mesma categoria. Portanto, Marcos Gaspar terá que trabalhar duramente para montar um grupo forte, capaz de conquistar o título sulamericano e brigar pelo caneco mundial.
Sub-17 - A geração 93 e 94 é fabulosa. De cara, tem três meninas que foram ao Mundial da Nova Zelândia - Daniele, goleira do Guarani-Scorpions (com Thais e Beatriz, já citadas). No mais, Gaspar deixa uma boa perspectiva, com vários nomes avaliados pelo Brasil e outros que vem aparecendo ainda. Cabe a Edvaldo e sua comissão técnica lapidarem esse grupo, na grande esperança de que possam fazer história em 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário