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A seleção brasileira se despediu de forma digna do Mundial Sub-17. Fez uma boa partida diante das nigerianas, mais pela vontade e desejo de evoluir no torneio. O Brasil sofreu na competição por alguns motivos, mas destacaria dois como fundamentais: falta de talento e dificuldade para se organizar durante as partidas. Um, na verdade, está relacionado ao outro.
Com as perdas de Fabi e Bia, duas jogadoras referenciais, foi lançado mão de Juliana Cardozo, do Saad, e Juliana Ferreira, do Team Chicago. Nada, absolutamente, contra as garotas. Porém, a diferença para as titulares é gigantesca. Como atuam no coração da equipe, que é o meio campo, comprometeram sobremaneira o desempenho do time e expuseram a defesa, uma vez que a difuculdade na saída de bola foi a tônica.
Ou seja, suas atuações individuais prejudicaram a organização da equipe, acostumada com mais talento do meio para a frente, com gente que segurava a bola e criava dificuldade aos adversários, permitindo, inclusive, o adiantamente das linhas de defesa. Sem os talentos de Bia e Fabi, tudo ficou mais difícil e as escolhas de reposição não foram boas.
Marcos Gaspar fez grande trabalho e os frutos dele estarão nos próximos anos na seleção principal. Entretanto, talento e técnica sempre serão a prioridade no futebol. O resto a ciência dá conta.