quarta-feira, 28 de abril de 2010

Destaques jovens do Paulistão (I)

Patrícia é o destaque alviverde até aqui
.
O Campeonato Paulista 2010 começou e acompanhamos, dentro do possível, as duas primeiras rodadas. Sempre atentos aos destaques jovens, três atletas poderiam ser citadas:

Patrícia Llanos - Formada no Juventus, e com passagem pelo Santos, a rápida atacante do Palmeiras já tem três gols em duas partidas e tem infernizado as defesas. Deve crescer nas mãos do técnico Marcelo Frigério, o Tchelo.

Débora Oliveira (Debinha) - A meia da seleção sub-20 foi contratada pela Portuguesa - após o encerramento das atividades do Saad - e deve ser o grande destaque da equipe no Paulistão. Fez cinco gols no Sulamericano Sub-20 e já tem dois no Estadual.

Beatriz Zaneratto - Carta marcada, figurinha carimbada, Bia é titular absoluta do Santos e a artilheira do Paulistão com quatro gols. A meia da seleção sub-17 pode ser a melhor jogadora da competição, se continuar assim.



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Grupo forte, mas com possibilidades!

Essa é a bola do Mundial Sub-20 feminino


-
Foram sorteadas as chaves do Mundial Sub-20 feminino de futebol, em Dresden, na Alemanha. O Brasil pegou um grupo (B), como diria meu amigo Daniel "alagoano", muito chato.

Coréia do Norte: é a atual campeã mundial sub-17 e deve formar seu grupo com a maioria das atletas vencedoras. Além disso, faz um jogo de marcação e saída em velocidade que complica qualquer um. Como fragilidade, a falta de variação de jogo e suas goleiras absolutamente patéticas.

Suécia: Talvez, seja a pior das equipes européias, já que a Suiça pode contar com a estrela Ramona Bachmann (que atua na WPS). Mas a pior das equipes européias é melhor que muita seleção que está nesse mundial. Além disso, a Suécia tem um campeonato interno fortíssimo e grande tradição no futebol feminino. O jogo será duríssimo.

Nova Zelândia: Será o fiel da balança. Em tese, a vitória é obrigação (para pensar numa classificação). Só que a Nova Zelândia não é tão fraca assim. Fez um mundial sub-17, em casa, bastante decente. Conta com um tanque, uma artilheira nata, ainda nascida em 93, e chamada Rosie White. Cuidado com ela!

Mesmo assim, a seleção brasileira tem condições de sair como primeira do grupo, desde que chegue num excelente nível e suas melhores atletas façam a diferença. Porém, terá que fazer três jogos intensos e com um percentual de erros baixíssimo.

Vai contar, também, a personalidade do time. Não adianta chegar com discurso humilde de "somos a zebra". Tem que se impor sobre os adversários e ousar. Camisa por camisa, a do Brasil é mais pesada.

Grupo A:
Alemanha
Costa Rica
Colômbia
França

Grupo B:
Brasil
Coréia do Norte
Suécia
Nova Zelândia

Grupo C:
Inglaterra
Nigéria
México
Japão

Grupo D:
Estados Unidos
Gana
Suíça
Coréia do Sul

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Análise tática da sub-20 (1)

4-2-2-2: o time mais usado no Sulamericano

4-3-1-2: um time com mais criatividade e qualidade técnica

Como prometido, segue uma análise daquilo que vimos no Sulamericano sub-20 da Colômbia, no qual o Brasil sagrou-se campeão. Marcos Gaspar montou um bom time base, como vemos no primeiro campinho (com jogadoras em branco), muito sólido na defesa e rápido no ataque.

Vou fazer uma analogia com a equipe de Dunga, a seleção masculina principal. O time é excelente nas bola aéreas, nas jogadas pelo lado e nos contra-ataques, mas pode sofrer quando enfrentar uma defesa mais compacta e fechada, que dá a posse de bola para a seleção brasileira. Se na masculina, muitos pedem Ganso ou Ronaldinho para dar mais qualidade de criação, Gaspar já tem jogadoras criativas no grupo para dar mais manejo de bola.

No segundo campinho (jogadoras de amarelo), notamos uma mudança tática para o tradicional esquema popularizado por Zagallo (4-3-1-2), onde temos um losango, com o vértice defensivo (Bruna), duas volantes pelos lados (Camila e Ester) e o vértice ofensivo (Débora ou Elisa). São essas duas atletas mais criativas que podem auxiliar (e muito) Gaspar para melhorar a transição de bola e, sobretudo, dar um toque de improviso, abrir as defesas. Débora tem a velocidade e a habilidade. Elisa tem os chutes e as bolas longas.

Na posição de Camila, poderia usar Poliana em algum momento, como Dunga faz com Daniel Alves, o que daria mais dinâmica e jogadas agudas pelos flancos. Assim como Andressa poderia ser recuada para a posição de Ester, como uma volante de pé canhoto pelo lado esquerdo. As variações podem ser muitas. Voltaremos ao tema, com mais opções e os nossos tradicionais campinhos.