quinta-feira, 24 de abril de 2008

Entrevista com Elisa Brito - 3ª Parte

Elisa entre amigos: sempre fundamentais




Com o apoio e a confiança de muita gente querida, Elisa Brito espera ter sucesso na nova carreira. Vontade parece não faltar. Segue a última parte dessa proveitosa entrevista, que, espero, os leitores tenham gostado.


FM - Uma fora do script: defina Gustavo Kuerten.

Elisa -
Defino com poucas palavras: O cara! Como pessoa alguém sensacional e como tenista simplesmente e indiscutivelmente o melhor de todos os tempos. Ninguém nunca chegou nem perto do que eles fez em todos os sentidos pelo tênis, e se o tênis se tornou um esporte mais conhecido hoje, é graças a ele.

FM - Se você não pudesse ser atleta, que carreira iria seguir? Qual a importância dos estudos na sua vida?

Elisa -
Na minha visão, os estudos são muito importantes. Felizmente, eu sempre pude estudar nos melhores colégio, o que realmente é um privilegio para poucos. Sempre procurei levar os estudos a sério, e hoje mesmo com muito pouco tempo, pois eu viajo todo dia para treinar de Teresópolis até Duque de Caxias que fica a uma distancia com cerca de 100 km. Esforço-me ao Maximo para poder conciliar a vida de atleta com os estudos, até porque eu acho que o estudo e o bom aprendizado favorecem muito no esporte, assim como o esporte nos estudos. Não me vejo fazendo outra coisa sem ser atleta, tenho alma e isso tá dentro de mim. Mas se fosse pensar como se isso não acontecesse, faria Administração de Empresas, Engenharia Civil, ou Fisioterapia.


FM - A Michelle, sua companheira de CEPE, está na Sub-17. Como é sua relação com ela dentro e fora de campo?

Elisa -
A Michelle eu já conhecia antes da ida para o CEPE, devido à seleção. Quando cheguei ao clube, ela, sem dúvida, foi quem me recebeu melhor. Dentro de campo, temos um entrosamento muito grande. É realmente muito raro ver uma sintonia desse tipo. Fora de campo, nos damos muito bem, porem não temos um contato maior porque moramos longe uma outra. Mas de qualquer forma, nossa relação é muito boa, nos dois sentidos.

FM - Todos temos pessoas que nos abrem caminhos, nos ajudam. A carreira de atleta é muito dura, seja qual modalidade for. Como você vê isso na sua vida?

Elisa -
Existem algumas pessoas que são peça fundamental em tudo que me aconteceu, acontece e com certeza de alguma forma terão influencia em tudo de bom que acontecerá, pessoalmente e profissionalmente. Eles são indispensáveis e a base de tudo. Agradeço toda força que eles me dão, por acreditarem da forma que acreditam em mim, pela admiração que têm pelo meu futebol, pelo tamanho do carinho demonstrado, pela confiança que me passam, enfim, por tudo que eles representam na minha vida.

Gostaria de agradecer a minha família, principalmente a minha mãe que não mede esforços pra que eu atinja e conquiste meus objetivos, sem ela nada disso seria possível, e também: Fernanda Chiapeta, Luciana Chiapeta, Alexandre, Yago, Camila, Carol Couto, Julia, Karine, Gabriel, Karla, Victor K., Gabriel Di Martino, João, Aninha, Guilherme, Thais Ornellas, Carla, Nando, treinador Edson Galdino, Everaldo (preparador físico), os professores Waguinho e Zé. Não tenho palavras pra agradecê-los. Queria deixar claro que sempre serei grata a todos, e nunca vou esquecer o que vocês têm feito. Deixo aqui meu muito obrigada, por tudo, a todos vocês, de coração.

Entrevista com Elisa Brito - 2ª Parte

Eduarda, Elisa e Fernanda: Sub-17 é objetivo



Aos 16 anos recém completados, Elisa Brito ingressou em um clube de relevância nacional e busca voltar à Seleção Sub-17. No 2º trecho da entrevista, ela nos detalha esse processo.


FM - Recentemente, você ingressou numa das mais tradicionais equipes do futebol feminino brasileiro, que é o CEPE Caxias. Como está sendo sua adaptação?

Elisa -
O CEPE Caxias faz um trabalho muito sério e soube disso. Resolvi conhecer o clube, isso aconteceu na metade no mês de janeiro. No primeiro dia, fiz uma espécie de teste com bola. Para minha surpresa e felicidade, o professor Edson Galdino gostou muito do meu futebol e no dia seguinte, independente da minha pouca idade, me incluiu na equipe principal, cuja a media de idade é acima dos 23 anos ( mais ou menos). Fui bem recebida. Não sou absoluta na posição, mas estou sendo trabalhada para atingir o meu melhor nível técnico e físico. Estou disputando a posição com mulheres que tem no mínimo 10 /15 anos a mais de futebol do que eu.

Estou muito satisfeita com o que eu já conquistei ali, apesar do pouco tempo. Elas merecem também a condição que possuem, pela experiência que já têm e o tempo que elas estão no clube. Confio inteiramente no professor Edson. Tenho certeza que tudo que ele esta fazendo é pro meu bem e será bom pra mim. Acho que tudo tem sua hora para acontecer, e minha hora vai chegar no momento certo. Estou na equipe principal de um dos melhores e mais importantes times do país, com a idade que tenho. Com certeza, eu estou muito satisfeita e muito feliz no CEPE, mas ainda tenho muito que conquistar.



FM - Você acompanhava o futebol feminino na sua época de tênis? Como viu a campanha de Marta e cia no Mundial?

Elisa -
Sempre acompanhei dentro do possível o futebol feminino. Não como hoje, mas acompanhava. Em minha opinião, indiscutivelmente, nenhum país possui a qualidade técnica das nossas jogadoras, apenas acho que se perde em relação a porte físico. Marta é realmente a melhor do mundo, mas acho que todo o grupo tem que ser parabenizado e todas tem seus méritos, pois para ela ser o que é, depende de todo o grupo.

FM - Quais as diferenças que você sentiu entre um esporte individual como o tênis e o futebol, do ponto de vista mental?

Elisa -
No meu ponto de vista, o tênis exige mais mentalmente, até pelo fato de não pode obter instruções. Como diria meu ex técnico : "é só você, a raquete e a bolinha" . No tênis, você só depende de você. Toma as decisões certas ou erradas, pois depende de você a capacidade de mudar um estratégia que possa estar dando errado em um jogo ou mantê-la se estiver dando certo. Só você sofre as conseqüências. No futebol, se por acaso um dia você não estiver bem, o companheiro pode compensar. No tênis, acaba sendo uma cobrança maior porque sempre achamos que toda bola tem que ser a melhor bola do jogo, e quando não acontece, muitos não conseguem assimilar o erro e acabam se prejudicando no jogo, já que não podem ter a ajuda de ninguém naquele momento. O psicológico pesa muito em um jogo de tênis, assim como no futebol, porém o futebol é um jogo de equipe onde um ajuda o outro, se um ganha todos ganham, se um perde todos perdem.


FM - O Mundial Sub-17 acontecerá em outubro/novembro. É um objetivo seu?

Elisa -
Sem dúvida alguma. Esse é meu principal objetivo atualmente, no qual eu estou completamente focada e trabalhando para acontecer a vários e vários meses. Todo meu esforço esta sendo feito com esse único objetivo, minha vida tem girado em torno de ir pra escola e treinar apenas. Não farei nada além disso até o mundial, para que de forma alguma o foco seja desviado. O fato de não sair ou algo do tipo, não me incomoda de maneira nenhuma. Faço isso sem problemas, porque quando você quer muito alguma coisa, tem que abrir mão de outras, é ai que você vê quem realmente ama o futebol e leva a sério, e quem faz por fazer. Com certeza, eu abro mão e abrirei mão de muita coisa, mas farei sem problema algum. A coisa mais importante é o futebol e esse mundial.

FM - Nós sabemos que o mercado do futebol se encontra na Europa. No feminino, não é diferente. Você tem o desejo de jogar nas badaladas ligas do Velho Continente?

Elisa – Realmente, eu acho que falta muito investimento no futebol feminino no Brasil. Sem dúvida, tenho desejo de jogar na Europa; é um dos meus objetivos. Mas, atualmente, o foco é a seleção. Futuramente, pretendo sair do país, até porque aqui a falta de apoio é muito grande e não existe um calendário de competições regular, o que dificulta muito a expansão do futebol feminino e o trabalho da própria atleta.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Entrevista com Elisa Brito - 1ª Parte

Elisa com raquete e depois chuteiras: algo raro



Algumas biografias esportivas são cheias de drama e sofrimento. Outras, com incríveis histórias de superação. Elisa Brito, meia do CEPE Caxias, foi além: saiu do tênis, onde era destaque nacional, para o futebol e a Seleção Sub-17. Como isso ocorreu? Poderão conferir numa bela entrevista da "garota prodígio", dividida em três partes. A 1ª parte foca, justamente, essa transição. Confiram!


FM - O que veio primeiro: o futebol ou o tênis?

Elisa - Bom, o futebol sempre esteve presente na minha vida de alguma forma. Eu sempre brincava, até pelo fato de ter um irmão mais velho que sempre jogou, isto é, aquilo me atraia de alguma forma. Tudo que é relacionado a esporte sempre me fez ter interesse. Desde pequena comecei a surfar, fazia aula de tudo: vôlei, tênis, enfim... Fiz escolinhas de futsal quando pequena e quando mais velha joguei por Teresópolis. Mas há cerca de dois anos comecei a me dedicar ao tênis, treinava muito, viajava sempre. Fui número 1 do Estado durante os dois anos e bem ranqueada no país. Fui convidada pra treinar numa academia excelente em Niterói, para onde eu iria esse ano. Tudo estava caminhando muito bem para mim e até outubro de 2007. Tudo estava confirmado para que eu me mudasse para lá em 2008.

Porém, no final de setembro, se não me engano, quase início de outubro, em um torneio profissional que eu estava jogando aqui no Rio mesmo, minha mãe, conversando com uma moça, comentou que eu jogava futsal e tudo mais. Então ela falou que iria tentar um teste para mim em algum time. Nem me empolguei muito porque não pretendia parar com o tênis. Pretendia seguir carreira e tudo estava dando certo. Naquele momento queria aquilo para a minha vida, como profissão. Dias depois, ela ligou para minha casa, e comunicou que dois dias depois (não tenho certeza) teria um teste para Seleção Brasileira Sub-17. Eu pensei muito se iria ou não, até porque fazia mais de cinco meses que eu não jogava nem futsal. Realmente, só via bolinha de tênis na minha frente. O máximo que eu andava fazendo de parecido com futebol naquele momento era embaixadinha com bolinha de tênis nos intervalos de treinos.

Depois de pensar, resolvi participar, achando que não custaria nada, mas nunca imaginei que passaria. Nunca havia colocado uma chuteira de trava na vida, nem entrado num campo de futebol para jogar. Resumindo: nunca tinha jogado futebol de campo na vida, era algo completamente novo pra mim. Cheguei ao local, fiz o teste e passei. Realmente, quando vi meu nome, não acreditei, era algo que nunca imaginei que iria acontecer, mas aconteceu. O que eu senti naquele momento não consigo descrever. Fui convocada e vi o que queria para minha vida: o futebol. Vendo isso, larguei o tênis e toda a caminhada que por mim estava sendo prevista, e optei pelo futebol. Hoje vejo que foi a melhor coisa que eu fiz na vida.

FM - Você teve mais contato com o futsal. O que ele te ajuda para o momento em que vive, que é o foco no campo?

Elisa - Na minha visão, o futsal dá muita base e desenvolve muito tecnicamente o jogador. Além do fato de ser um jogo bem mais dinâmico que o campo, o que, em minha opinião, desenvolve muito o raciocínio.
Na minha situação, ajudou muito, e por causa de toda base que tive não encontrei dificuldades técnicas de adaptação no campo. Lógico que tenho muito a melhorar, mas essa base já contribuiu muito. Não tenho duvida que foi pela base conseguida no futsal, que cheguei a seleção.

FM - Você vem de uma família de classe média. O futebol tem, majoritariamente, atletas com uma origem social menos abastada. Como você assimilou - para quem veio do aristocrático tênis – essa mudança de ambiente?

Elisa - Quando entrei para o futebol, eu senti certa diferença, até mesmo no jeito de agir, conversar, pois no tênis, por ser um esporte considerado de elite, as pessoas são mais contidas, devido às regras do próprio esporte, que não admitem certas atitudes, que são permitidas no futebol. A diferença social realmente é gritante, e não tem como negar, mas para mim isso não diferencia as pessoas e eu consegui me adaptar bem. Todos merecem respeito de alguma forma, serem julgados pelo que são e não pelo que elas têm. Reconheço que existe essa diferença de classe social entre mim e a maior parte das meninas do meio. Mas não me incomoda, pois convivo muito bem com a maioria. Não nego que sinto algumas formas de preconceito por parte delas em relação a minha pessoa. Já ouvi comentários que me incomodaram, como por exemplo: "o que essa menina está fazendo aqui! Tem dinheiro, condição e está tirando oportunidade de quem necessita". Só que eu queria deixar bem claro uma coisa: eu não jogo futebol por dinheiro e sim por amor.

FM - A sua chegada a seleção sub-17 foi o verdadeiro marco de sua transição tênis/futebol? Foi o que acendeu a chama?

Elisa -
Sem dúvida. A convocação foi realmente algo que nunca imaginei acontecer, principalmente naquele momento que eu estava vivendo, de tanta dedicação ao tênis. Confesso que ao ver meu nome na lista eu chorei, e vi que a minha vida era o futebol. Mesmo sabendo de todas as dificuldades que ainda irão surgir, eu sei que esse é meu caminho.

FM - Quais suas características de jogo? Descreva suas qualidades e o que precisa melhorar como atleta de futebol.

Elisa -
Eu tenho um jogo num estilo clássico, que une bom porte físico (o que, em minha opinião, é uma vantagem e importante característica para um meia) raciocínio rápido, boa técnica, visão de jogo e boa finalização. Tenho como um exemplo e inspiração, o ex jogador Zinedine Zidane. Em minha opinião, o futebol é a arte de fazer o simples. Sem dúvida, quando eu preciso utilizar da habilidade eu o faço, mas sempre com objetividade, nunca por "firula". Em relação a melhora, acho que todo mundo sempre precisa melhorar em todos os aspectos, nunca ninguém está completamente pronto ou perfeito. Mas se for destacar um aspecto, destacaria o físico, que eu encontrei dificuldade no começo da transição para o futebol, até porque tênis e futebol são coisas completamente diferentes. Eu estou me dedicando muito nesse aspecto, já evolui bastante. Posso dizer que hoje sou outra pessoa em campo e continuarei trabalhando forte, nesse ponto e em todos os outros.

domingo, 20 de abril de 2008

Brasil pega grupo difícil em Pequim

As chaves foram sorteadas: muito suor pelo sonhado ouro

O sorteio dos grupos do futebol em Pequim aconteceu neste domingo. No masculino, uma moleza. No feminino, uma dureza. Mas essa dureza é bem-vinda e praticamente inevitável, já que temos apenas 12 seleções (para 16 no masculino). Se a seleção quiser o ouro, terá que ganhar seis jogos dificílimos.

A Alemanha será a adversária da estréia. Nada menos que a campeã do mundo e algoz. Início para esquentar o clima e colocar o Brasil em ritmo de competição. Vejamos os grupos e os três primeiros jogos brasileiros com data e horários:

Regulamento - São três chaves com quatro seleções. Classificam-se as duas primeiras colocadas e mais duas terceiras por índice técnico. Ficam oito e a partir daí quartas-de-final, semifinais e decisões (por ouro e bronze)


Grupo E (Argentina, Canadá, China e Suécia)


Favoritos - China e Suécia

Boas chances - Canadá

Zebra - Argentina


Grupo F (Brasil, Alemanha, Nigéria e Coréia do Norte)


Favoritos - Brasil e Alemanha

Boas chances - Coréia do Norte

Menos chances - Nigéria


Grupo G (Japão, Nova Zelândia, Noruega e Estados Unidos)


Favoritos - Noruega e Estados Unidos

Boas chances - Japão

Zebra - Nova Zelândia


Jogos do Brasil (horários de Brasília)


06/08 - 06h00 - Shenyang - Brasil X Alemanha

09/08 - 08h45min - Shenyang - Brasil X Coréia do Norte

12/08 - 06h00 - Pequim - Brasil X Nigéria

sábado, 19 de abril de 2008

Brasil goleia Gana e está em Pequim

Cristiane e sua acrobacia: mais uma vez decisiva





Como era esperado, a seleção feminina principal venceu (a valente) Gana (5-1) e garantiu sua vaga em Pequim. O jogo foi duro, embora o Brasil tenha dominado a partida sem levar sustos. Marta, Cristiane (2), Aline e Rosana marcaram os gols. Abaixo, tópico por tópico, minhas impressões da partida e perspectivas para os Jogos Olímpicos:




  • Gana jogou mais do que se previa. Muita aplicação tática e disposição. Em nenhum momento baixou o ritmo. Permitiu poucas chances de gol para o Brasil e sucumbiu diante do talento individual canarinho e na deficiência da marcação na bola aérea.

  • Em nenhum momento o jogo brasileiro fluiu, encaixou com o de Gana. Penso que as seleções africanas não são os advesários que deixam a seleção nacional mais confortável. Muito vigor físico, o que incomoda as habilidosas brasileiras.

  • Barcellos usou o 3-4-1-2 com Maycon na direita e Rosana na esquerda. Aliás, Rosana foi muito bem e coroada com um gol. Marta e Cristiane sempre decisivas. Daniela Alves esteve numa má jornada. Dona do jogo? Formiga. Se Marta é Pelé, Formiga é o Didi. Faz o time jogar.

  • O Brasil jogou menos do que poderia e Gana se superou. Mesmo assim, uma goleada com alguma tranqüilidade. Não por acaso, vejo a equipe brasileira como a melhor do mundo, não apenas individualmente. Parte como favorita para Pequim, ao lado de Alemanha e Estados Unidos. O que as brasileiras fazem com naturalidade, as outras seleções fazem com imensa dificuldade.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Como o Brasil jogará contra Gana?

O 3-4-1-2 de Barcellos: Maycon ou Rosana?
´
Sábado, logo cedo, todos os caminhos levam o amante do futebol feminino para a frente da TV. Brasil X Gana vale muito. Todas as jogadoras já chegaram à China e treinaram no campo anexo do local da partida, o Worker's Stadium. Quais as dúvidas? A Seleção é muito superior ao time africano e deve vencer com alguma tranqüilidade, salvo uma tragédia. Como não acredito nesse tipo de tragédia - embora o futebol seja caprichoso - as dúvidas ficam por conta da escalação brasileira.


- Com a lesão de Elaine, Simone Jatobá não foi convocada. Barcellos preferiu e sinaliza pela titularidade de Danielle, que é ótima jogadora.


- Com Danielle na direita, quem fará a ala esquerda? Maycon e Rosana, em tese, brigariam pela vaga. Ester, reserva no Pan, foi titular no Mundial, em virtude da lesão no ombro de Rosana. Maycon foi volante/meia no Pan e ala esquerda no Mundial. Rosana foi pouco utilizada no Mundial, mas foi fundamental e decisiva no Pan. Isso deve gerar dúvidas em todos na comissão técnica e em quem acompanhou de perto esse processo.


- De resto, Jorge Barcellos deve optar por seu vitorioso 3-4-1-2, com Daniela mais avançada e total liberdade para Marta. Renata Costa continua como líbero e alternativa para variação durante a partida, já que é volante de origem.

- Bárbara deverá fazer a mais importante partida de sua carreira.

- Teremos mais alguma surpresa? Vamos repercutir essa situação nos próximos dias.

Edit (Quinta-feira, às 09h40min)

Jorge Barcellos surpreendeu. No primeiro coletivo em solo chinês, utilizou Maycon na lateral-direita e Rosana na esquerda. Optou pela experiência e deixou Danielle no time reserva. Essa seria minha alternativa desde o início, mas uma importante fonte (da Seleção) duvidava que fosse acontecer.

Outra surpresa foi Renata Costa como volante e não como líbero. Mônica fez a zaga pela esquerda, por Tânia voltar de lesão.

O esquema ficou num 4-3-1-2: Bárbara, Maycon, Aline, Mônica e Rosana; Renata Costa, Ester, Formiga; Daniela Alves; Marta e Cristiane.

Será que a possível volta de Tânia poderia mudar o esquema novamente?

PS: A Globo também anunciou a transmissão. Repetem-se a final de Atenas 2004 e do Pan do Rio: as duas maiores emissoras abertas (quando o assunto é esporte) num jogo da Seleção feminina.

domingo, 13 de abril de 2008

Band confirma transmissão de Brasil x Gana

Como no Mundial, Daniela Alves estará na Band

De acordo com a tradição, a Rede Bandeirantes irá transmitir o jogo que vale a vaga olímpica. Será neste sábado, às 8:35h da manhã, direto da China. É uma ótima notícia para o fã de futebol feminino e das meninas brasileiras. Resta saber se mais alguma emissora fará a partida. Se os diretores de programação tiverem um pouquinho de inteligência, a resposta será positiva.


Nesta semana, vou analisar os detalhes do que envolve esse jogo, sobretudo para a seleção brasileira.

Grade de programação (Band):


quinta-feira, 10 de abril de 2008

Kristine Lilly, grávida, não vai à Pequim

Como Zagallo, Lilly adora o 13



Ao acompanhar a seletiva olímpica da CONCACAF, não vi o nome da maior bandeira do futebol feminino americano, após a aposentadoria de Mia Hamm. Kristine Lilly está grávida e não foi ao México para buscar a vaga aos Jogos. Sua substituta no time titular, Natasha Kai, acabou sendo fundamental na vaga conquistada. O Canadá é a outra equipe que carimbou o passaporte.


Para a definição de todas as seleções, falta apenas a fatídica partida entre Brasil e Gana, dia 19 deste mês. Vejamos as outras onze confirmadas:


- Ásia: Coréia do Norte, Japão e China (sede).

- África: Nigéria

- Europa: Alemanha, Noruega e Suécia.

- CONCACAF: EUA e Canadá

- América do Sul: Argentina.

- Oceania: Nova Zelândia

terça-feira, 8 de abril de 2008

Notas...

Inès Jaurena defende a França no Europeu Sub-17




- Saiu no site da US Soccer (CBF americana) que a seleção brasileira principal irá disputar a Queen Peace Cup, na Coréia do Sul, em Junho. Os grupos foram sorteados e as brasileiras estarão ao lado dos EUA. Será um importante teste para Pequim.

Grupo A: Coréia do Sul, Coréia do Norte, Canadá e Argentina.
Grupo B: Brasil, EUA, Itália e Austrália

- Mais três seleções conseguiram vaga para o Mundial Sub-17: França, Inglaterra e Dinamarca viajarão para a Nova Zelândia. A quarta e última vaga européia deve ficar com a Alemanha, que decidirá sua sorte nos próximos dias. Nada de surpresas. As mais tradicionais forças do Velho Continente confirmaram a supremacia.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Marta no Corinthians?

A foto desse ano deverá ser com Cristiano Ronaldo



Saiu em alguns veículos de imprensa o interesse do Corinthians em Marta. Na verdade não seria bem o Corinthians, mas sim o "Timão Mulher". É uma especulação que gera algumas observações:



- Marta viria para jogar quais competições? Precisa-se de um calendário sólido e real para o futebol feminino brasileiro.



- Não duvido que o Corinthians consiga contratá-la. Parece-me que há um patrocinador forte (Expoand) e o próprio interesse da atleta.



- Do ponto de vista midiático seria espetacular. Todos os holofotes estariam voltados para o Parque São Jorge. Seria a maior estrela do futebol brasileiro (entre homens e mulheres). As TVs teriam interesse em transmitir as partidas e o público em ver a melhor do mundo (e a 3ª melhor - Cristiane também interessa).



Ainda assim, vejo com ceticismo até algo concreto aparecer.